quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Coisas que me transcendem...

Estava acabadinha de chegar a casa (vinda da amostra de fim de semana que passei na terrinha)morta de cansaço,mas, nem mesmo o cansaço me desviou da televisão por um instante...

Prós e Contras (RTP1) [Ver AQUI]

Nem vou comentar a peixeirada que por lá se passou, interrogo-me apenas, o que é que raio fazia um padre do lado do NÃO....

Mas afinal o que é que a igreja tem a ver com o assunto? Estamos a falar de casmento civil, certo??

Afinal, "...Quando se fala de direitos civis não tem de se interrogar a Igreja, tem de se interrogar o Estado. Quem elabora as leis do Estado não é a Igreja. Seria uma intromissão, evidentemente..." (Cardeal Saraiva Martins) [...que no meio de tanta idiotice conseguiu dizer qualquer coisa que preste]
Coisas que me transcendem...

2 comentários:

Luís Gonçalves Ferreira disse...

Já Locke dizia que os papéis do Estado e da Igreja são diferentes e como tal devem-se manter separados.

Quanto ao debate, também vi e achei que a presença do padre faz todo o sentido, pois Igreja, tal como o Estado, congrega pessoas e molda-lhes a opinião. Perceber qual a opinião da Igreja, no meio de tanta barafunda e confusão, é importante. Eu acho-o. Até porque, o significado do casamento para além do óbvio (do contrato que é), é uma conotação privada e do foro das vivências e valores pessoais. Para um católico casamento só faz sentido com a benção de Deus, para outros casamento é pura e simplesmente um contrato, um seguro de alguma coisa ao qual se soma pessoalidade das suas relações, deixando fora ou dentro do assunto o que entenderem.

Eu sou a favor dos casamentos entre homossexuais, um Estado de Direito não se coaduna a injustiças, diferenças e intolerâncias em relação aquilo que ele congrega e lhe dá início e uma finalidade - as pessoas. Pessoas com dignidade, liberdade, direitos e deveres. Não se podem exigir a uns mais do que a outros, não se podem privar uns a menos coisas do que a outros.

Quanto à adopção não concordo. Mas neste ponto, como no debate foi dito e eu tinha essa consciência, já é legal(embora complicado)as adopções monoparentais e as próprias malhas legais já se começam a prepara para receber uma nova etapa na juridicidade.

Se é que a minha opinião interessa, aqui está.

UM BEIJO

Andre'Z disse...

Peixeirada é favor!

Aquele Cardeal Saraiva Martins está-me atravessado!

Beijo!