segunda-feira, 26 de abril de 2010

Coisas do ser e do ter

Ainda ressacada pelo entusiasmo e festejos do 25 de Abril, mas tão lúcida como antes, uma ideia afoga de súbito a minha mente, como que se fosse a agua, agonizante, a entrar lentamente nos pulmões e, sufocante, vai-me tirando, aos poucos, a vontade de ser tão livre como no dia em que nasci.
Mas, afinal, o que é a Liberdade?
Já me tinha debatido com esta questão vezes e vezes sem fim, mas nunca antes tinha chegado a uma conclusão.
Stuart Mill havia dito que a liberdade de uns acaba onde começa a liberdade dos outros, mas quanto mais penso no que quereria ele dizer, mais me embrulho em trocadilhos e mais me afogo, mesmo quando estou a chegar a um porto seguro, a espuma que outrora formou a mais alta crista de agua rebenta e leva-me na terminação das ondas, quando o mar se enrola na areia.
Li em tempos um livro, que não me fascinou, mas do qual gostei: "Onze Minutos" de Paulo Coelho onde li que " a verdadeira experiência da liberdade:[é]ter a coisa mais importante do mundo, sem a possuir".
Não sei se esta é a definição de liberdade, mas é a definição que hoje lhe quero dar...

1 comentário:

Luís Gonçalves Ferreira disse...

E é uma excelente definição. Simplesmente há certas coisas que não se definem, porque se reduz as coisas a uma insignificância terminológica.

Não expliques. Sente. Se sentires fico feliz.

Beijoca!